Começar a investir pode ser um desafio, e é por isso que recebo frequentemente a pergunta:
“Mira, se você tivesse que iniciar seus investimentos hoje, o que faria?”
Minha resposta é que cada dia é uma nova oportunidade, e se você mantiver essa mentalidade durante toda a sua jornada de investimentos, diminuirá significativamente a chance de cometer erros graves.
Investir é um processo de aprendizado contínuo. Após dominar os conceitos básicos, você naturalmente desejará aprofundar seus conhecimentos, pois perceberá que quanto mais você sabe, maiores são as chances de aprimorar seus ganhos e aumentar seu patrimônio.
Se você é novo no mundo dos investimentos e está se perguntando por onde começar, fique tranquilo. Vou mostrar que não é tão complicado quanto parece.
Com foco e disciplina, é possível alcançar grandes resultados, mesmo começando do zero, assim como eu fiz.
Qual é o primeiro passo para começar a investir?
Antes de qualquer ação prática, é essencial definir o seu “porquê”.
Estabelecendo metas claras, você poderá quantificar essas metas e, consequentemente, determinar os prazos e valores necessários para alcançá-las.
Não basta dizer “quero investir para ficar rico”. Isso é um desejo, não uma meta. É ótimo ter essa aspiração, mas só conseguirá agir de forma prática quando transformar seus sonhos em valores específicos.
Por que você quer acumular riqueza? Para viajar, comprar propriedades, fazer um curso no exterior, oferecer conforto para sua família, ou talvez parar de trabalhar? Cada um desses objetivos pode ser convertido em metas financeiras.
Esse é o primeiro passo que eu recomendo e que você também deve seguir: definir metas, prazos e custos.
Passo a passo
Se eu estivesse começando a investir do zero hoje, o primeiro passo prático seria montar uma reserva de emergência.
Manter o equivalente a doze meses de salário em um CDB com liquidez diária ou em títulos do Tesouro Selic é fundamental. Embora esse fundo não proporcione grandes retornos, ele oferece a segurança necessária para lidar com imprevistos sem precisar se endividar.
Com a reserva de emergência estabelecida, meu próximo passo seria determinar o valor mensal a ser investido e dividir esse montante conforme minhas metas, investindo em opções adequadas para cada uma delas. Por exemplo:
Metas de curto prazo: CDB, LCI, LCA, Fundos de Renda Fixa
Metas de médio prazo: Fundos Multimercado, Pré-fixados
Metas de longo prazo: Ações, Fundos Imobiliários, Fundos de Ações
Não há uma fórmula única para a alocação de investimentos. Cada pessoa tem uma história e necessidades únicas, então as metas e a capacidade de aporte variam bastante.
A alocação de cada investimento depende da combinação entre o valor atual, o valor desejado e a rentabilidade esperada no período definido para atingir cada meta.
Não existe um plano universal que funcione para todos, e é por isso que na minha mentoria “Mira na Independência” ensino técnicas para que cada pessoa possa desenvolver seu próprio plano de independência financeira.
Seja você um investidor iniciante ou alguém com algum patrimônio, não recomendo seguir modelos genéricos que não considerem aspectos específicos da sua vida. A autonomia na gestão dos seus investimentos pode transformar sua trajetória.
O essencial é diversificar seus investimentos com um plano bem estruturado e continuar estudando para tomar decisões que te aproximem dos seus objetivos.
Comece o quanto antes
Para quem está começando do zero, um lembrete importante: o fator mais crucial é o tempo, não o valor inicial. Não importa se você começa investindo apenas R$10 por mês (sim, é possível investir em ações ou fundos com esse valor). Não se sinta constrangido ou pense que é um valor insignificante. Invista regularmente!
Se agora você pode economizar apenas R$1 ou R$10, não tem problema. Comece com o que tem, pois o mais importante é criar o hábito do investimento mensal. Com o tempo, conforme sua situação financeira melhora, você pode planejar para aumentar gradualmente o valor dos seus aportes.
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